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SIFIDE: Um Impulso Vital para a Inovação em Portugal

Simão Campos

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Em Portugal, a inovação tem sido o motor de desenvolvimento económico e social, e o Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (SIFIDE) tem desempenhado um papel crucial neste processo. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para que Portugal alcance todo o seu potencial inovador.

O SIFIDE, concebido para apoiar o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) pelas empresas portuguesas, representa uma medida essencial, especialmente numa era marcada pela rápida evolução tecnológica e pela crescente concorrência global. Este incentivo fiscal permite às empresas recuperar uma percentagem significativa dos seus investimentos em I&D através de uma dedução à sua coleta de IRC, fomentando assim a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e serviços.

No cerne do SIFIDE está uma estrutura de incentivos fiscais altamente atrativa, desenhada para encorajar as empresas a investir mais em I&D. Concretamente, as empresas podem beneficiar de uma dedução à coleta do IRC de 82,5% das despesas totais em I&D realizadas no ano fiscal em causa. Para empresas que aumentem os seus investimentos em I&D em relação à média dos dois anos anteriores, há um acréscimo na dedução, que é de 50% sobre esse aumento. Além disso, para as empresas que recorrem a este sistema pela primeira vez, existe um benefício adicional de dedução de 32,5%, elevando a dedução total para 115%. 

Estes números refletem uma política fiscal robusta e incentivadora, tornando o SIFIDE uma das ferramentas mais eficazes para impulsionar a inovação empresarial em Portugal. Estes benefícios fiscais traduzem-se não apenas num suporte significativo às empresas que investem em inovação, mas também numa visão de futuro para o crescimento económico sustentável do país.

Apesar dos seus benefícios evidentes, muitas empresas ainda não exploram totalmente este incentivo. As razões para tal variam, desde a falta de informação sobre o sistema até à perceção de que o processo de candidatura é complexo e oneroso. É imperativo que haja um esforço conjunto, tanto por parte das autoridades como dos agentes económicos, para aumentar a consciencialização e simplificar o acesso a este tipo de apoios.

Por outro lado, é crucial que o SIFIDE continue a evoluir e a adaptar-se às necessidades emergentes das empresas portuguesas. Em particular, deveria expandir o seu escopo para abarcar não só a I&D tradicional, mas também outras formas de inovação, como a inovação digital e ecológica, alinhando-se assim com as prioridades europeias, como o Pacto Ecológico Europeu.

Além disso, para que Portugal possa verdadeiramente capitalizar na sua capacidade inovadora, o SIFIDE não deve ser visto isoladamente, mas sim como parte de uma estratégia mais ampla de apoio à inovação que inclua formação, cooperação internacional e a promoção de um ambiente empresarial favorável à experimentação e ao risco.

Na Vértice, possuímos uma equipa dedicada para não só conceptualizar a sua estratégia de I&D, como para realizar a sua candidatura ao SIFIDE. Entre em contacto connosco!

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