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V.N. de Famalicão

Rita Redshoes: “Tenho a certeza que será um momento bonito”

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Vila Nova de Famalicão é a cidade que recebe o primeiro concerto de 2017 de Rita Redshoes. A artista sobe ao palco da Casa das Artes a 28 de janeiro, para apresentar o seu mais recente trabalho: “Her”. Rita Redshoes esteve à conversa com o Jornal do Ave e falou sobre o álbum, a estreia em temas na língua materna e o concerto em Famalicão.

Jornal do Ave (JA): “Her” é o mais recente trabalho de originais. Porquê “Her”? Como define este álbum?

Rita Redshoes (RR): Este é o meu disco mais direto e com uma mensagem global mais assumida. É um disco que explora o universo feminino sob diferentes perspetivas. Só me apercebi de que havia uma temática comum entre as canções ao fim de algum tempo de composição, não foi algo deliberado. Quis explorar uma sonoridade clássica, baseada num quarteto de cordas, onde a melodia tem primazia a par das letras. “Her” pareceu-me expressar bem a lírica do disco.

JA: É um álbum que nos mostra uma Rita diferente?
RR: Diferente não sei mas com diferenças certamente. A minha música tem sempre algo de autobiográfico e creio que as mudanças que vou sofrendo enquanto pessoa passam inevitavelmente para aquilo que escrevo e canto.

JA: Esteve um mês e meio em Berlim a preparar, com gente reconhecida do panorama musical internacional, este “Her”. Como foi a experiência em Berlim? O resultado final superou as expectativas?
RR: Foi uma experiência muito enriquecedora a nível profissional e pessoal. Nunca tinha estado tanto tempo fora do meu país e em trabalho e isso trouxe-me novas perspetivas e direções. Parti para a gravação do disco com grande entusiasmo e voltei de coração cheio com o resultado que consegui. Encontrei pessoas e músicos fantásticos, preocupados em passar para a gravação o que eu idealizei.
JA: Neste trabalho estreia-se a cantar em português, escrevendo e cantando três temas. Porquê agora? Como se sentiu a interpretar temas seus na sua língua materna?
RR: A vontade de cantar em português já existia há alguns anos, desde que cantei uma canção da Xana (Rádio Macau) num espetáculo que fiz. A sensação que senti de não haver filtros nem entraves na minha comunicação com o público, foi algo que me tocou. Depois tive a sorte de colaborar com os Couple Coffee, Senhor Vulcão ou GNR sempre em português e curiosamente a primeira canção que me saíu para este disco foi na nossa língua. Ou seja, a vontade já existia, foi crescendo e depois de algumas experiências senti-me confortável e confiante para dar este passo.

JA: Que feedback tem tido por parte do público?
RR: Tem sido muito positivo. Recebo mensagens muito carinhosas de pessoas que chegam ao disco e que partilham comigo o que sentem em relação às canções. Dizem-me sobretudo que é um disco que emociona e isso para mim é o melhor dos elogios.

JA: Há alguma música que se destaque, por algum motivo, neste disco?
RR: As canções à medida que o tempo passa vão crescendo ou mostrando-se de outras formas e isso é algo muito interessante mas diria que a canção “Mulher” é das que mais força tem ao vivo.
JA: A agenda conta já com muitas datas marcadas, entre elas Vila Nova de Famalicão. O que podemos esperar deste concerto?
RR: É um concerto que incide sobre o disco novo mas que vai a canções dos discos anteriores com uma nova roupagem. O ambiente passa por diferentes universos, desde momentos mais intimistas a outros mais rock. E claro, emoção à flor da pele. Sempre.

JA: Pela primeira vez, leva para a estrada um quarteto de cordas, com dois violinos, viola e violoncelo. O que muda no espetáculo com a inclusão deste quarteto?
RR: Era um sonho antigo, cantar com cordas em concerto. Realizei-o agora e está a ser uma experiência maravilhosa. São instrumentos com muitas parecenças com a voz humana na sua expressão e isso traz uma grande emotividade às canções. Sinto que as canções deste disco e as mais antigas crescem de uma maneira mágica com esta sonoridade.

JA: É a primeira vez na cidade? Se não, como caracteriza o público famalicense?
RR: Eu gosto de deixar tudo em palco. Ter o privilégio de haver pessoas interessadas em ouvir o meu trabalho e com vontade de vir passar duas horas das suas vidas a ouvir a minha música é para mim uma benção. Como tal, cada concerto é único no sentido em que a energia que se cria com cada público é diferente. Tenho a certeza que será um momento bonito.

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