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Close-Up regressa com “o melhor do cinema ligado à infância e juventude”

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A infância e a juventude dão o mote para o 8.º episódio do Close-Up – Observatório de Cinema de Famalicão, que decorre entre 14 e 21 de outubro, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão e no Teatro Narciso Ferreira, em Riba de Ave. No total vão ser exibidos cerca de 50 filmes, em 30 sessões programadas.

O programa deste ano do Close-Up foi apresentado, ontem, no Parque da Juventude, com a presença do vereador da Cultura da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Pedro Oliveira, do diretor da Casa das Artes, Álvaro Santos, e do programador do Close-Up, Vítor Ribeiro.

Na sua intervenção, Álvaro Santos sublinhou a aposta do teatro municipal no cinema, em particular no Close-Up, identificando-o como um projeto especial e basilar na programação anual da Casa das Artes.

Pedro Oliveira destacou a importância da iniciativa no campo da formação de públicos e no contexto da valorização cultural, “uma área em que a Casa das Artes soube sempre apostar”. 

O autarca também salientou a credibilidade da programação do teatro municipal no panorama cultural regional e nacional, e o facto de o Close-Up acontecer fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto, “algo que nos prestigia e valoriza”.

A programação da 8.ª edição do Close-Up inicia no sábado, dia 14 de outubro, pelas 21h45, com a presença de uma das bandas mais conhecidas do pop rock português, Sétima Legião, que irá musicar, em estreia, a banda sonora da curta-metragem “um Tesoiro” (1958), de António Campos, no grande auditório da Casa das Artes.

Destaque para “East Atlantic”, um filme-concerto que acontece no dia 18 de outubro, pelas 21h45, no Teatro Narciso Ferreira, sob o crivo do músico José Alberto Gomes e do videografo Miguel C. Tavares, numa performance inspirada pelo Arquipélago dos Açores e a viagem de Raúl Brandão ao mesmo em 1924.

De referir, também, “A Sibila” (2023), uma adaptação cinematográfica do romance homólogo de Agustina Bessa-Luís assinada por Eduardo Brito, com exibição marcada para o dia 21 de outubro, pelas 21h45, na Casa das Artes, com a presença do realizador e do elenco.

A programação do Close-Up encontra-se dividida em rubricas: “Paisagens Temáticas: Infância e Juventude”, “Histórias do Cinema: John Cassavetes e Glauber Rocha – Iconoclastas das Américas”, “Fantasia Lusitana: Regina Pessoa”, “Café Kiarostami”, cinema para escolas, sessões para famílias e filmes-concertos.

Nas “Paisagens Temáticas” haverá duas figuras tutelares, Abbas Kiarostami e Maurice Pialat, com a projeção de “Onde Fica a Casa do Meu Amigo?” (1989), no dia 15, e “Aos Nossos Amores” (1983), no dia 20, assim como produção do presente, de várias latitudes: “A Chiara” (2021), um trabalho do cineasta Jonas Carpignano, que será exibido no dia 15; a estreia de Simão Cayatte na longa-metragem, no dia 17, com “Vádio” (2023), estabelecido na juventude e no Alentejo; “Patti Smith, Poeta do Rock” (2022) de Sophie Peyrard e Anne Cutaia, a 18 de outubro, em torno da chegada de uma das grandes figuras da música popular americana a New York; “Quando Neva na Anatólia” (2021) de Ferit Karahan, que explora a infância numa escola nas montanhas da Turquia, com exibição marcada para dia 19; e a parceria reiterada do realizador Ti West com a atriz Mia Goth no Texas de terror da América dos anos 70, no filme “X” (2022), a 20 de outubro.

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Em ano de celebração do centenário do cinema de animação português, o protagonismo da “Fantasia Lusitana” será entregue a Regina Pessoa, uma das grandes figuras do cinema de animação contemporâneo. O programa incluirá a projeção de animações da cineasta e de um conjunto de filmes de animação com produção portuguesa, nas sessões “Integral” e “Carta Branca”, que acontecem, respetivamente, nos dias 20 e 21, assim como uma masterclasse pela cineasta no INA – Oficina, a 20 de outubro.

John Cassavetes e Glauber Rocha serão as vozes das “Histórias do Cinema”, uma retrospetiva, com cópias digitais restauradas, que coloca em diálogo os dois cineastas iconoclastas, representantes das Américas e de um fôlego, estético e político, que se mantém vivo e que serão testadas nas sessões comentadas que terão lugar de 14 a 21 de outubro, no pequeno auditório da Casa das Artes, com a presença de comentadores.

Em sessões divididas pelos auditórios do teatro municipal e por visitas às escolas do concelho, o Close-Up projeta o seu futuro na relação com a comunidade escolar no “Cinema Para Escolas”, que decorre de 16 a 20 de outubro. Em diálogo com o restante programa, haverá ficção, animação, documentário, mas também oficinas e sessões comentadas.

Numa nova e exploratória secção, as propostas de Yuri Ancarani e Jafar Panahi farão a pergunta “Isto Não É Um Filme?” nos dias 14 e 15 de outubro, com a projeção do documentário “The Challenge – O Voo do Falcão” (2016) e a longa-metragem “Ursos Não Há” (2022).

Na órbita do cinema, o “Café Kiarostami” receberá livros e música no Café-Concerto da Casa das Artes, com Barman Buñuel (Dj Set) a animar a noite de abertura do Close-Up, no dia 14, e Roots & Revolution a noite de encerramento, no dia 21 de outubro. Pelo meio, haverá a apresentação dos livros “Paul Schrader – O Estilo Transcendental no Cinema”, por Duarte Mata, no dia 15, e “O Quarto Perdido do MOTELX – Os Filmes do Terror Português (1911-2006)” por Filipa Rosário e João Monteiro, no dia 21.

Também haverá sessões para Famílias que junta “Elemental” (2023), a última aventura da Pixar, exibida no dia 15, e “Fil’Mus 2” (2010), no dia 21, uma criação da ACERT que estabelece a fusão do cinema e da televisão com a música e a interpretação, numa proposta para todas as idades.

Toda a programação do 8.º episódio do Close-Up pode ser consultada em https://closeup.pt/ .

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