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Santo Tirso

Centro de estudos põe xadrez “ao serviço do ensino” – com vídeo

Império do Estudo, em Santo Tirso, incluiu o xadrez no projeto pedagógico, contando com o apoio da Associação Miguel Matos para a Educação da Juventude.

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Império do Estudo, em Santo Tirso, incluiu o xadrez no projeto pedagógico, contando com o apoio da Associação Miguel Matos para a Educação da Juventude, que cedeu os tabuleiros e peças e o apoio para ensinar os jovens a usarem o jogo como estratégia para aprenderem melhor.

Fazer xeque-mate ao bicho papão associado à matemática e às ciências é o objetivo rei de um projeto que começa num tabuleiro de xadrez e acaba no sucesso escolar. Pelo menos é esta a convicção dos professores responsáveis pelo centro Império do Estudo, em Santo Tirso, que aceitaram acolher a iniciativa pioneira apoiada pela AMMEJ – Associação Miguel Matos para a Educação da Juventude.

Dinis Gouveia conheceu o xadrez “na escola primária”, graças a “uma funcionária” que o ensinou a jogar, por isso foi com agrado que recebeu a boa-nova de que no centro de estudos que frequenta se começou a usar o xadrez como estratégia pedagógica. O jovem atesta os benefícios do jogo “na matemática”, uma vez que contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico. Tomás Couto, outro dos alunos do Império do Estudo, gosta de xadrez porque “ensina estratégias” e “faz pensar”.

Joana Lopes é a responsável do centro de estudos e desde que abriu o espaço sonhava “incluir o xadrez como atividade pedagógica”. “A matemática é considerada um bicho de sete cabeças para os alunos e quando chegamos ao momento de escolher entre letras e ciências, notamos que os alunos tentam fugir das áreas científicas. Queremos inverter esta tendência e o xadrez pode ajudar-nos nesse trabalho”, explicou.

Paulo Melro, gestor operacional do projeto, é o grande fio condutor, ao aliar a ocupação profissional no centro de estudos com o grande entusiasmo pelo xadrez, que partilha com o amigo e presidente da AMMEJ, Miguel Matos. Este viu no centro o sítio ideal para apoiar a ideia, que agora quer replicar pelas escolas do país e, quiçá, da Europa.
“Nós pretendemos complementar a educação formal que é dada nas escolas, dando às crianças e jovens ferramentas que lhes permitam ter uma formação integral mais equilibrada e mais capaz de lhes assegurar uma vida futura melhor”, adiantou o também grande entusiasta do xadrez.

Os tabuleiros, disponíveis para usar a qualquer momento, já conquistaram os mais novos e segundo Joana Lopes não é raro sair da sala e encontrar alunos, de diferentes idades, a jogar uns com os outros.

O xadrez acaba, alguma vezes, por ser ferramenta de trabalho nos momentos de explicações, com os professores a utilizarem as peças e o tabuleiro para esmiuçar conteúdos, principalmente relacionados com matemática.

“Aqui pomos o xadrez ao serviço do ensino. Além disso, a partir do momento em que os alunos estão perante o tabuleiro, não podem responsabilizar ninguém pelo insucesso e essa é uma aprendizagem que tentamos transmitir, para que eles percebam que as suas ações têm consequências, que podem ser positivas ou negativas. Isso vai ajudá-los a crescer”, referiu Paulo Melro.

Os materiais associados ao xadrez são cedidos pela AMMEJ, que, depois da experiência no Império do Estudo, prepara-se para replicar o projeto pelas escolas e outras instituições interessadas.

Desenvolvimento do raciocínio lógico, melhoria da concentração e da memória, assim como potenciação da paciência e resiliência são alguns dos benefícios atribuídos ao xadrez.

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