Santo Tirso
Santo Tirso associa-se a projeto para potenciar empreendedorismo na economia social
A Fábrica de Santo Thyrso recebeu a conferência ibérica “Empreender na Economia Social”, que deu a conhecer exemplos de boas práticas no setor. A iniciativa foi o ponto de partida da participação tirsense no programa LACES – Laboratórios de Apoio à Criação de Emprego e Empresas de Economia Social.
Nove entidades da Galiza e do Norte de Portugal uniram-se para dar vida ao projeto LACES, um instrumento inserido num programa ibérico para comparticipação de fundos comunitários , exclusivamente direcionado para o apoio a processos de criação, modernização e crescimento de projetos empresariais de economia social.
Santo Tirso é um dos nove sócios e, no dia 17 de julho, recebeu uma conferência que, além de servir de apresentação do projeto, deu ainda os primeiros passos para o fomento das oportunidades na economia social, com a divulgação de negócios que frutificam na euro-região.
Com o exemplo da CAID – Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente, que facilita a integração socioprofissional dos utentes, a autarquia tirsense alimenta a premissa de que a área social tem enorme potencial do ponto de vista económico.
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Mas foram dados a conhecer muitos outros exemplos de sucesso, como a cooperativa portuguesa Fruta Feia, que adquire aos produtores locais géneros alimentares que, pela sua aparência, seriam recusados no mercado convencional, e o da espanhola Quinta Lógica, que promove o pastoreio de rebanhos de cabras, contribuindo para a prevenção de incêndios e gestão da paisagem e biodiversidade, que potenciam o turismo de natureza e educação ambiental.
Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, explicou a participação do município no LACES com o alinhamento do projeto à “estratégia política autárquica”, que, desde “2013”, investe no empreendedorismo e nas questões sociais. “Este programa envolve a criação do autoemprego, mas também fomenta a dinamização e a inovação na área social e permite a troca de experiências, no sentido de obtermos ainda mais resultados positivos”, frisou.
O LACES caminha lado a lado com a Missão Portugal Inovação Social, uma iniciativa-piloto a nível europeu que o país abraçou, que está vocacionada para o financiamento de projetos de inovação e empreendedorismo social.
Na ótica da representante da Missão, Helena Loureiro, o LACES ganha relevância “só pelo facto de mobilizar o empreendedorismo na economia social” e assumir-se como “uma grande alavanca” para se começar “a olhar de forma diferenciadora para o papel da economia social”.
No projeto, Santo Tirso tem em mãos a agenda relativa aos setores agroalimentar e biotecnologia, através das quais vai promover a relação com as entidades de economia social, assim como estimular a criação de projetos inovadores nessas áreas.
O LACES, cofinanciado a 75 por cento pelo FEDER no âmbito do programa INTERREG Espanha-Portugal, projeta um conjunto de serviços agrupados em “quatro laboratórios-piloto”, para “a identificação de oportunidades de negócio”, para “a criação e consolidação de empresas de economia social”, para “a promoção da criatividade” e “melhoria da capacitação do talento humano”.
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