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V.N. de Famalicão

Leonel Rocha tomou posse em Ribeirão com maioria absoluta e oposição “reivindicativa”

Cerimónia marcada por momentos de aplausos e apupos.

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Em dois anos, Leonel Rocha tomou posse, pela segunda vez, como presidente da Junta de Freguesia de Ribeirão.

O candidato da coligação Mais Ação, Mais Famalicão (PSD/CDS-PP) assumiu, novamente, funções a 25 de junho, mas desta vez conta com maioria absoluta, o que quer dizer que só depende das forças políticas a quem deu a cara para conseguir governar, ao contrário do mandato anterior, em que teve de gerir a Junta, em conjunto com elementos do movimento independente Juntos por Ribeirão e Partido Socialista.
E o elevador, que esteve no centro da discórdia política que levou à demissão de Leonel Rocha, ficou simbolizado na tomada de posse, que decorreu no piso superior da Junta de Freguesia, com a presença de um cidadão em cadeira de rodas, que mereceu referência por parte da coligação.
Na assembleia de tomada de posse, que encheu o salão nobre, Leonel Rocha justificou a convocação de eleições com “a necessidade de recentrar no essencial” e “qual o projeto político que melhor serviria o interesse e o desenvolvimento de Ribeirão”. “O objetivo das eleições intercalares é mesmo esse, pedir aos ribeirenses que clarificassem a situação que se vivia em Ribeirão e dessem condições ao executivo para trabalhar. Hoje, depois da resposta clara e inequívoca dos ribeirenses, o novo executivo tomou posse com uma maior motivação e consciente de que passa a depender de si próprio para levar para a frente os compromissos que apresentou”, acrescentou.
O autarca anunciou que o executivo iria reunir, na terça-feira, para “a aprovação do plano e orçamento para este ano”, para que seja possível “marcar, o mais urgentemente possível, a próxima assembleia de freguesia”, para viabilizar “os documentos estruturantes para o desenvolvimento da vila”.
Numa intervenção nada consentânea com os habituais discursos de tomada de posse, Cristina Santos, do movimento independente Juntos Por Ribeirão, recebeu aplausos e apupos, revelando a cisão política que permanece, desde que abandonou a militância do PSD em discordância com as opções da estrutura concelhia, que optou por indicar Leonel Rocha a candidato à freguesia.
Numa postura já algo cáustica, Cristina Santos prometeu “manter a postura atenta, construtiva e reivindicativa nas assembleias de freguesia”. “Não é por ter a maioria absoluta que vamos abandonar Ribeirão e os ribeirenses. E por falar em ribeirenses, esperamos que os dois anos de mandato sejam mesmo para todos os ribeirenses e não só para alguns”, afirmou.
Numa indireta também à Câmara Municipal de Famalicão, liderada pelo social-democrata Mário Passos, a líder do movimento independente desejou que “as várias intervenções de manutenção e limpeza por parte da Câmara Municipal nas semanas antes das eleições, e que deixaram de acontecer após 11 de junho (dia do sufrágio), voltem rapidamente, porque na limpeza e manutenção, a vila tem deixado muito a desejar”.
Mas foi o último comentário de Cristina Santos que provocou o alvoroço na sala. A candidata vencida pediu a Leonel Rocha para “controlar a sua equipa, no que diz respeito às constantes provocações nas redes sociais”. “Quem não sabe ganhar não é digno da vitória”, referiu, motivando um coro de apupos, misturados com aplausos.
Já num discurso bem mais conciliador, Rúben Gomes, eleito pelo Partido Socialista, prometeu uma “oposição atenta, vigilante e responsável”, contribuindo com “ideias” para o desenvolvimento da vila.

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