quant
Fique ligado

V.N. de Famalicão

Famalicão honra memória com restauro do Monumento aos “Mortos da Grande Guerra”

Avatar

Publicado

em

Publicidade

“Aquilo que hoje quisemos transmitir é a nossa vontade e convicção de que devemos honrar a história. Porque é na nossa história e na nossa memória que encontramos as nossas raízes e os alicerces que sustentam o nosso futuro enquanto comunidade”.

Foi desta forma que o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão assinalou este domingo, dia 14 de abril, a conclusão dos trabalhos de restauro e conservação do monumento de homenagem “Aos Mortos da Grande Guerra”, localizado na Praça 9 de Abril.  

Mário Passos falava ontem, na cerimónia comemorativa do centésimo aniversário da inauguração do monumento, perante a presença dos restantes membros do executivo municipal, de vários representantes da Liga dos Combatentes, da ADFA – Associação dos Deficientes das Forças Armadas e do Exército Português.

O edil apontou o restauro desenvolvido como um “bom exemplo de preservação e salvaguarda do nosso património”, adiantando ainda que a autarquia vai reeditar duas obras da autoria do historiador famalicense Amadeu Gonçalves, publicadas em 2018, aquando das comemorações do centenário da trágica Batalha de La Lys – considerada um dos maiores desastres militares da história de Portugal – e que honram a memória dos mais de 500 famalicenses que participaram neste combate: “Dicionário dos expedicionários famalicenses” e “A I Guerra Mundial e as suas repercussões em Vila Nova de Famalicão”.

O autarca famalicense lembrou ainda todos aqueles que defenderam “com coragem e sacrifício a nossa bandeira e o nosso país”, anunciando, a este propósito, que é intenção da Câmara Municipal erguer um novo memorial na cidade em homenagem aos ex-combatentes do Ultramar.

A cerimónia deste domingo ficou ainda marcada pela visita à exposição “100 anos de Memórias: Monumento aos Mortos da Grande Guerra”, patente na Praça 9 de Abril. Ao longo dos doze painéis que compõem a mostra, os visitantes terão a oportunidade de conhecer as circunstâncias que originaram a Primeira Guerra Mundial e a entrada de Portugal neste conflito, o surgimento do exército português que combateu no teatro de operações, conhecido como “Corpo Expedicionário Português”, muitos deles originários do Minho e, particularmente, de Vila Nova de Famalicão e a trágica Batalha de La Lys. Pretende-se, ainda, dar a conhecer os fatores que levaram à construção deste tipo de memorial um pouco por todo o país; os antecedentes e a sua inauguração em Vila Nova de Famalicão; a simbologia que representa, bem como a revolução urbanística e toponímica que a sua edificação originou no local onde se encontra.

Recorde-se que a decisão de construir um monumento aos mortos da Primeira Grande Guerra foi tomada na reunião camarária de 9 de fevereiro de 1920, na sequência de um ofício-circular da Junta Patriótica do Norte, que propunha a sua construção em todos os concelhos do país. A inauguração deste monumento viria a produzir, já em 1927, a última alteração toponímica nesta praça, ficando a designar-se Praça 9 de Abril.  

Pode ler também...