V.N. de Famalicão
Distrital do PSD de Braga acusa Governo de “centralista e dirigista”
Paulo Cunha elencou as necessidades para o Distrito de Braga
O vice-presidente da nacional do PSD e presidente da distrital de Braga dos sociais-democratas, Paulo Cunha, criticou em conferência de imprensa a estratégia do Governo seguida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), considerando-a “centralista e dirigista”, nomeadamente para o Distrito de Braga.
Esta conferência de imprensa agendada pelo PSD de Braga serviu, sobretudo, para transmitir a visão da distrital sobre as verbas do PRR, para melhor aplicação desta “oportunidade única” no distrito de Braga.
Nesse sentido, o presidente da distrital de Braga quiz aproveitar a vinda do Governo a Braga para o “sensibilizar” para uma série de investimentos e de obras “necessários” no distrito de Braga, em áreas como a saúde, a justiça, o ambiente, a educação, a segurança, a cultura, a área social, a descentralização e as acessibilidades.
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Nesta matéria, e questionado pelos jornalistas sobre as acessibilidades no distrito de Braga, Paulo Cunha, defendeu a realização de várias obras há muito esperadas em diversos concelhos, deixando críticas ao Governo também nesta área.
“Infelizmente o Governo virou as costas aos portugueses em muitas áreas, nas acessibilidades também. E porque falo de acessibilidades, o Governo não tem um plano de ação em relação às acessibilidades”, acusou o vice da nacional do PSD e presidente da distrital de Braga.
Segundo Paulo Cunha, o Governo do Partido Socialista “optou por uma estratégia em relação ao PRR que não seria a estratégia do PSD”, acreditando que “estas duas características, centralista e dirigista, farão deste PRR, necessariamente, um PRR mau, ou, pelo menos, sem os resultados positivos que podia ter, se o caminho fosse outro, mormente para o Distrito de Braga”.
Na opinião deste dirigente nacional do PSD, mo Governo é centralista porque o processo está concentrado em Lisboa, não há uma distribuição de ‘inputs’, de contributos a nível regional, intermunicipal e dos próprios territórios. “É o Governo sozinho quem, à secretária, no gabinete, decide como é que as verbas são distribuídas. E é dirigista porque está concentrado no Estado, ou seja, é um PRR que observa, que impacta pouco em relação àquilo que é a dinâmica do território, nomeadamente as empresas, as associações e os cidadãos”, alerta Paulo Cunha
A título de exemplo, entre muitos, Paulo Cunha chamou a atenção para o que se passa no Fundo Ambiental. “ As verbas são atribuídas em função de critérios que ainda estão por conhecer. São apoios que não têm um racional. Ninguém sabe, os autarcas não sabem porque é que um município recebe x e o outro recebe y. É uma característica deste Governo”, afirmou o líder da distrital do PSD de Braga.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, a designada “bazuca”, tem o valor de 16,6 mil milhões de euros – 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos. Mas, infelizmente, o Governo virou as costas aos portugueses em muitas áreas, porque não tem um plano definido para estes setores que tanto preocupam os cidadãos portugueses.
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