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V.N. de Famalicão

Famalicão e Arteixo unidos para fortalecer indústria têxtil (c/vídeo)

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Avanço tecnológico famalicense na indústria elogiado pelos espanhóis.

Apesar de já se assumirem como “capitais da moda e do têxtil”, os municípios de Vila Nova de Famalicão e Arteixo (Espanha) querem crescer mais no setor e, por isso, uniram-se num acordo de geminação que foi assinado na autarquia famalicense, no dia 8 de abril.

De um lado está o avanço tecnológico sustentado pelo CITEVE (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal) e CeNTI (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes) e a força de 807 empresas que em 2013 conseguiram um volume de negócios de 693 milhões de euros. Do outro está a sede do Grupo Inditex, dono de marcas como Zara, Massimo Dutti e Pull&Bear, que emprega mais de 120 mil pessoas em todo o mundo. E este é o principal trunfo de Arteixo e através do qual o alcaide destemunicípio da Galiza, Carlos Calvelo, defende que a geminação pode beneficiar Vila Nova de Famalicão. “Há que analisar como é a atividade da Inditex, que produz muito em Portugal, e perceber que esta pode aumentar a sua produção em Famalicão, onde as empresas podem oferecer oportunidades para que isso aconteça”, referiu. Carlos Calvelo considera que o município de Famalicão “está muito mais avançado” que Arteixo “em muitos aspetos”, também graças aos contributos dos centros tecnológicos e dos estabelecimentos de ensino. “Não há escolas do setor têxtil na Galiza, pelo que, com este acordo, poderemos aprender melhor as experiências desenvolvidas em Famalicão”, acrescentou. Para Paulo Cunha, presidente da autarquia famalicense, desta “convergência fácil e intuitiva” com o congénere espanhol” podem surgir “outras aproximações”, como “a formação dos recursos humanos e as competências dos centros tecnológicos”. O processo, conduzido pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galicia-Norte de Portugal que foi fundado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Junta da Galiza e Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), será “muito mais” que um plano de intenções, dizem os autarcas. Por isso, a ATP e a Confederação das Indústrias Têxteis da Galiza, entidades que cooperam no processo, estão a trabalhar no desenvolvimento de projetos comuns, aproveitando os diferentes elos da cadeia de valor do cluster têxtil transfronteiriço. Famalicão, “uma cidade à escala europeia” Para Paulo Cunha, esta geminação com Arteixo é o primeiro passo para uma estratégia para fazer de Famalicão “uma cidade à escala europeia”. “Arteixo é o princípio e nós quisemos começar pela nossa vizinha Espanha. Não tivemos receio de começar pela proximidade que nos une entre a indústria e o têxtil. Famalicão não tem receio de ser conhecido como um concelho marcadamente industrial, cuja dimensão é o maior estandarte que erguemos. A partir daqui, vamos à procura de outras parcerias, na cultura e no desporto, porque espera- nos uma Europa a 28 países, onde estou certo, vamos encontrar com outras cidades muitas oportunidades para estabelecer sinergias”, frisou. Vila Nova de Famalicão é o terceiro município mais exportador de Portugal e o setor têxtil e do vestuário assume-se como a força motriz do seu desenvolvimento, “com 807 empresas e 11 mil trabalhadores, tendo registado em 2013 um volume de negócios de 693 milhões de euros”.

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