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“Bólides” de outros tempos deliciaram amantes dos ralis

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A oitava edição do único Rally-Legend português inscrito no calendário do Slowly Sideways Europe voltou a ser um enorme sucesso e a animar as ruas de Barcelos, Porto, Vila Verde, Amares, Famalicão e Santo Tirso, com três dias de emoção competitiva, mas sobretudo de encontro com a história, com automóveis que preenchem o imaginário dos amantes de ralis, e que remetem para a época de ouro da disciplina os anos 80 e os “monstros sagrados” do Grupo B. O Lancia Delta S4, que foi guiado oficialmente por Henri Toivonen, foi a estrela mais atrativa, mas outros Lancia, como Rally 037 e Delta HF Integrale, o Peugeot 205 Turbo 16, os Opel Manta e Ascona 400, os Toyota Corolla WRC e Celica Turbo, ou ainda os Audi Sport Quattro S1 E2, são apenas alguns dos exemplos de carros que deixaram uma marca na história do Campeonato do Mundo de Ralis e assim darem o seu contributo para que, mais do que uma prova, o RallySpirit Altice fosse um verdadeiro museu a céu aberto.

Mas o passado dos ralis portugueses esteve também em evidência, através das réplicas perfeitas do Peugeot 306 Maxi e do Renault Mégane Maxi das equipas oficiais, que travaram dos mais empolgantes duelos nos Campeonatos Nacionais da década de 90, ou do Mitsubishi Lancer Evo III com que Rui Madeira conquistou a Taça do Mundo FIA de Grupo N, em 1995 – guiado pelo próprio piloto, que continua a exibir as qualidades que fizeram dele um dos melhores da sua geração.

No plano competitivo do RallySpirit 2023, José Gil e o Tirsense João Andrade, no bonito e bem preparado Ford Escort MK1, lideraram de início a fim entre os Históricos, com um ritmo que fica bem patenteado pela vantagem de 4m23.6s com que se impôs ao segundo classificado, Rui Salgado/Luís Godinho, em VW Golf II GTI. Herculano Santos Pereira e Miguel Castro (Opel Kadett GT/E) encerraram o pódio, já a 8m16.7s do vencedor.

Entre os Spirit, Armando Costa e José Costa, em Mitsubishi Lancer Evo VI, também exerceram grande domínio cimentando progressivamente a vantagem até aos 52.0s finais sobre os segundos classificados, Guilherme Outeiro e Eduardo Outeiro, em BMW E30. O último degrau do pódio foi ocupado pela dupla João Pedro Peixoto/Leandro Parreira, em Renault Clio 16V, a 3m09.7s do mais rápido.

O tempo avançou, mas não apagou as memórias que o RallySpirit Altice ajudou a conservar graças á X Racing que promoveu o evento e ao Clube Automóvel de Santo Tirso que fez uma excelente organização da prova.

Com o pano a correr sobre a edição de 2023, começa agora a contagem decrescente para o RallySpirit Altice 2024…

Fotos e Texto: Marco Monteiro e Adriana Azevedo

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