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Covid-19

Sete meses depois, a Emília voltou a jantar com o filho

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Se há alguém cuja vida têm sido fortemente afetada pela pandemia de Covid-19 é a população sénior. Durante meses privados de verem filhos e netos, os idosos têm sofrido com o receio de serem contaminados e, talvez mais, com a solidão a que o confinamento obrigou.

No lar-residência da Mundos de Vida não foi exceção. Os residentes, cujos familiares mais próximos tinham acesso livre à instituição para poderem visitar os entes queridos sempre que quisessem, e até partilhar refeição com eles, viram-se privados de estar com regularidade com aqueles que amam, a bem da sua saúde.

Porém, ontem, na instituição aconteceu um episódio que, pela vulgaridade, não seria notícia, não fosse ter-se passado em tempos de exceção. A Emília é uma das residentes da Mundos de Vida e quase todos os dias contava com a presença do filho, Miguel, ao jantar.

Em março, tudo mudou. Só o voltou a ver em maio, mas não mais puderam partilhar o jantar… até ontem.

Num texto emotivo publicado nas redes sociais, a instituição conta que foi com recurso às amplas varandas que o jantar especial aconteceu. “Uma mesa na sala e outra mesa lá fora, frente a frente, com a porta-janela fechada pelo meio.
Os familiares já estão habituados a visitas na varanda, usando auscultadores profissionais. Assim, puderam jantar e conversar ao mesmo tempo. Foi o primeiro que fizemos. Não só foi um momento de família, como animou muito os outros residentes e todas as colaboradoras, enchendo de alegria o fim da tarde”, contou a instituição.

“A pandemia está a ser difícil para todos. O segredo é aproveitar os momentos que temos (ou inventá-los) para estarmos juntos”, escreveu a instituição, que agora espera pela visita da Vera, a outra filha da Emília e também recorrente nas refeições partilhadas com a mãe. Para elas, pensa a Mundos de Vida em providenciar um pequeno almoço de domingo, em estilo brunch.

E para quem tem dúvidas da importância destes gestos, diz quem tem experiência na área que “estar com alguém que tem mais de 80 ou 90 anos faz toda a diferença”, pois “vai encher o coração e o dia de quem cuidou e se sacrificou por nós quando éramos pequenos e nos amou uma vida inteira”.

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