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Processo-crime de animais mortos em incêndio em Santo Tirso está “parado”

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A 19 de julho de 2020, mais de 70 cães e gatos perderam a vida num incêndio em dois abrigos ilegais na Serra da Agrela. Ainda não há arguidos nem sequer foram ouvidas testemunhas

Um ano volvido sobre o incêndio na serra da Agrela que matou mais de 70 animais em dois abrigos ilegais de Santo Tirso, o processo-crime instaurado está “parado” no Tribunal. Nem sequer foram ainda ouvidas testemunhas.

Pedro Ribeiro de Castro é o advogado do processo que reuniu as “várias queixas-crime que se fundiram num processo”, mas também um dos que na serra da Agrela, em 18 de julho de 2020, tentou evitar a morte dos animais atingidos pelo incêndio iniciado na véspera em Valongo.
É, por isso, com alguma “surpresa” que, um ano depois, vê “continuar parado o processo” então acionado e em que o PAN depressa identificou os alvos: o presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, elementos da GNR local, Proteção Civil de Santo Tirso, o ex-veterinário municipal e as proprietárias dos abrigos ilegais “Cantinho das Quatro Patas” e “Abrigo de Paredes”.

“Aqui chegados, que conste no processo, ainda ninguém foi ouvido. Aliás, o PAN foi notificado para apresentar prova dos factos denunciados, o que muito nos admirou, pois acontece ao fim de um ano e depois de ter apresentado um rol de 25 testemunhas e mais um CD cheio de fotografias e de vídeos. Imaginamos que possa ter havido um equívoco no Ministério Público”, relatou o advogado.

Pedro Ribeiro de Castro acrescentou que “foram também entregues autópsias feitas aos animais que perderam a vida nos incêndios”.

Segundo a Câmara de Santo Tirso, 73 animais, dos quais 69 cães e quatro gatos, perderam a vida no incêndio de 18 de julho de 2020 que atingiu os dois abrigos ilegais situados na serra da Agrela.

O “Cantinho das Quatro Patas” e o “Abrigo de Paredes” foram atingidos na altura pelo incêndio que começara na véspera em Valongo e que levou ao local muitas pessoas que anteriormente haviam denunciado a falta de condições em que estavam alojadas centenas de cães e gatos, acabando uma parte dos animais resgatada com vida por muitos desses populares.

“Participei no resgaste dos animais, estive lá no dia 18, e nas duas semanas seguintes, procurei e encontrámos cerca de 10 animais que fugiram para a serra”, relatou, antes de deixar críticas ao apoio que “não existiu”.

Segundo Pedro Ribeiro de Castro, “se tivesse havido um resgate concertado das autoridades policiais com a Proteção Civil e as associações que estiveram no local, as coisas tinham corrido da melhor forma e nem se verificava aquela indignação popular, porque o que se assistiu no local foi uma inoperância e uma omissão terrível da parte dos órgãos de polícia criminal que estiveram no local”.

Naquele dia, os populares que estiveram no local a tentar socorrer os animais acusaram a GNR de os impedir de entrar nos abrigos, o que terá provocado a morte de mais cães e gatos.

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