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Porta Larga fechou porque clientes eram “consecutivamente autuados”

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É um ex-libris da vila de Joane no que diz respeito à restauração. A Tasca Porta Larga há mais de 30 anos que tinha as portas abertas, mas agora fechou, porque, tal como se pode ler no aviso afixado na porta, os “clientes têm sido consecutivamente autuados pelas autoridades”.

Localizado na Rua da Fonte, o estabelecimento comercial fica junto a um cruzamento, onde os lugares de estacionamento não abundam, o que levaria os clientes a deixar os automóveis em locais proibidos.
De acordo com o aviso deixado pelo proprietário da Tasca Porta Larga, Carlos Cunha, o encerramento deve-se a “motivos alheios à sua vontade”. “Por não termos capacidade de criar lugares de estacionamento legais na proximidade do nosso estabelecimento e por acharmos injusto que os nossos clientes sejam lesados não nos resta outra opção senão fechar as portas e assim prevenir mais multas aos nossos clientes que tanto estimamos”, pode ler-se.
O aviso refere ainda a “maioria” dos clientes deste espaço são “pessoas com remunerações médias baixas e que pagam uma diária de seis euros para depois serem autuados e pagarem coimas de 30 euros”.
Contactados pelo Jornal do Ave, proprietário e GNR não quiseram prestar mais esclarecimentos sobre o caso.

O que pensam os joanenses?
A situação já chegou às redes sociais, onde se repercutem os comentários e opiniões sobre o assunto. Paula Oliveira é cliente desde pequena e para ela o Porta Larga “é um ponto de referência em Joane”. “A minha geração e anteriores conhecem a qualidade dos pratos que lá são servidos! Seria uma perda grande para mim, porque também é um local onde passei alguma parte da minha infância e ainda hoje vou lá com muita frequência, com os meus amigos”, afirmou ao Jornal do Ave. A jovem considera que seria necessário “arranjar uma solução em que toda a gente fique satisfeita com a situação”. “Acho que ele (Carlos Cunha) sente-se indignado pelo que se passa e, numa tentativa de evitar que mais clientes sejam autuados, resolveu fechar”, disse em relação à decisão do proprietário, acrescentando: “A GNR faz o seu trabalho, como é óbvio”.
Quanto ao estacionamento abusivo, esta joanense considera que “não interfere com a segurança”. “A rua tem mais que espaço para estacionar carros. As pessoas que lá moram também estacionam cá fora, não são só os clientes do Porta Larga. Além disso, a rua tem passeio do outro lado pelo que também há segurança para os peões”, concluiu Paula.
Susana Oliveira julga que este “é um ato de protesto” e que a “GNR anda à procura de trabalho fácil, porque a estrada tem condições e até agora nunca houve problemas”.
Nos inúmeros comentários que se podem ler sobre o assunto no Facebook, há quem afirme que “obviamente se os clientes estacionam indevidamente as autoridades têm de atuar”. “Podia ter arranjado um argumento melhor para fechar” e “a maioria são trabalhadores que só têm uma hora para almoçar e estacionam onde calha para ser mais rápido” são algumas das opiniões partilhadas.

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