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Santo Tirso

Pantir foi a primeira a reduzir o sal no pão (c/vídeo)

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Na Pantir contava-se 1,4 gramas de sal por cada cem gramas de pão. A quantidade foi reduzida para uma grama e os clientes não notaram diferença no sabor mas, garantem especialistas, há diferenças para a saúde. A Pantir foi a primeira panificadora a reduzir o sal no pão e mereceu a visita do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que lhes entregou o selo de qualidade.

Um em cada três portugueses é hipertenso e todos os dias mais de 90 morrem devido a doenças cardiovasculares. Isto porque consumimos cerca de 30 toneladas de sal a mais por dia.
Para mudar esta realidade já havia sido anunciado, em 2017, que a quantidade de sal no pão ia ser reduzida. Nesse sentido, o Estado e a indústria da panificação e pastelaria assinaram um protocolo em outubro.
A Pantir, em Santa Cristina do Couto, concelho de Santo Tirso, foi a primeira panificadora do país a fazê-lo e, por isso, foi-lhe atribuído o selo de qualidade.
A meta do Governo “até 2021” passa por “reduzir o sal no pão em mais de 30 por cento”, contando-se “menos de uma grama de sal por cada cem gramas de pão”.
Em visita ao concelho, Fernando Araújo, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, adiantou que pensam no próximo ano aplicar a ideia “nas escolas e no ensino superior”. “Às padarias que mais precocemente atingirem esse valor” será entregue “um prémio”. À Pantir, “de forma simbólica”, foi atribuído o “selo número um”.
O autarca tirsense, Joaquim Couto, já havia sido coautor da lei do sal aprovada por unanimidade no Parlamento, em 2009, mas pouco aconteceu desde então. Por isso, o Município continua empenhado em sensibilizar as panificadoras do concelho para a promoção da saúde. “O objetivo é, através das políticas municipais, ou em colaboração e em complemento com o Ministério da Saúde e outras instituições do Estado, continuar este trabalho a bem da saúde e a bem de Portugal”, garantiu.
A Pantir produz cerca de 45 mil pães por dia e a quantidade de sal passou de 1,4 para uma grama. Uma meta que estava prevista para quatro anos, nesta panificadora foi conseguida em três semanas. Os testes já decorriam “desde o final de 2017”. “Não tive reclamações”, garantiu Paulo Almeida, proprietário da Pantir.
Com duas unidades de produção localizadas em Santo Tirso, a Pantir é o ponto de partida para a ação denominada “Juntos Contra o Sal” que se espera seja generalizada ao concelho e ao país, porque, afinal, menos sal não significa menos sabor, mas representa mais saúde.

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