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V.N. de Famalicão

Museu Bernardino Machado é o ponto de encontro de duas personalidades de relevo nacional

A mostra, que tem o Alto Patrocínio do Presidente da República, foi planificada para ter a sua primeira aparição pública no Mosteiro dos Jerónimos, local onde se encontra instalado o Museu Nacional de Arqueologia

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“Abraço vivamente a sua ideia.” A resposta de Bernardino Machado a José Leite de Vasconcelos a propósito da criação do Museu Etnográfico Português, atual Museu Nacional de Arqueologia, é o título da exposição temporária que foi inaugurada esta sexta-feira, 14 de outubro, no Museu Bernardino Machado, e que resulta de uma parceria entre o Município de Vila Nova de Famalicão, o Museu Nacional de Arqueologia e a Imprensa Nacional – Casa da Moeda.

A mostra, que tem o Alto Patrocínio do Presidente da República, foi planificada para ter a sua primeira aparição pública no Mosteiro dos Jerónimos, local onde se encontra instalado o Museu Nacional de Arqueologia. No entanto, a entrada em obras desta infraestrutura cultural, por via do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), fez com que a inauguração acontecesse em Famalicão na ‘casa’ que celebra e preserva a memória do antigo Presidente da República, Bernardino Machado.

“Podemos assim dizer que esta exposição, que tem como base o espólio preservado no Museu Bernardino Machado, e em peças do acervo do Museu Nacional de Arqueologia, é ela um achado arqueológico, e uma noção de património, na medida em que descobre, ou antes, nos faz descobrir, um património, e uma noção de património.” Refere a propósito o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Trata-se de uma feliz iniciativa que orgulha o nosso município e que reflete o trabalho cultural que tem sido desenvolvido no concelho, nomeadamente ao nível do estudo, investigação e valorização das suas figuras mais preminentes, principalmente aquelas que, como Bernardino Machado, deram um contributo líquido para a evolução do pensamento e da cultura portuguesa”, destacou o Presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, na passada sexta-feira.

A inauguração contou com a presença do edil famalicense, do Diretor-geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, do Diretor do Museu Nacional de Arqueologia, António Carvalho, e do coordenador científico do Museu Bernardino Machado, Norberto Cunha.

João Carlos dos Santos salientou a parceria profícua entre as entidades envolvidas neste processo, nomeadamente as unidades museológicas. “Mais do que uma exposição organizada por um museu, que solicitou e acolhe bens de outros museus, é uma exposição organizada, de raiz, em conjunto, por dois museus que foram ao encontro um do outro e estabeleceram um diálogo entre as duas coleções” referiu o diretor-geral.

Já o diretor do Museu Nacional de Arqueologia realçou que “em bom rigor, a fundação do Museu Ethnographico Portuguez é o testemunho de uma parceria iluminada e virtuosa” entre as duas personalidades históricas, comentando que as boas relações existentes entre o museu que dirige e o Museu Bernardino Machado resultaram num “diálogo feliz entre duas coleções de dois museus nacionais”.

“É uma exposição que nos faz fruir de uma amizade de duas almas de eleição” disse Norberto Cunha, claramente satisfeito com o resultado da sinergia entre as unidades museológicas.

«Abraço vivamente a sua ideia. Bernardino Machado, José Leite de Vasconcelos e os Museus em Portugal.» tem entrada livre e estará patente até dia 23 de abril de 2023 no Museu Bernardino Machado.

A mostra resulta de uma candidatura ao projeto ProMuseus – Programa de Apoio Financeiro a Museus da Rede Portuguesa de Museus (Direção-Geral do Património Cultural / Ministério da Cultura), que originou um financiamento na ordem dos 30 mil euros, que corresponde a cerca de 60% do total investido, sendo que o restante valor será suportado pelo três parceiros envolvidos.

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