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V.N. de Famalicão

Jovem de Famalicão na luta pelo fim do comércio de barbatanas de tubarões

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“Nas últimas décadas, um elemento vital destes ecossistemas está a ver-se seriamente ameaçado”. As palavras são da famalicense Rita Gomes, voluntária da Stop Shark Finning – Portugal, um grupo de voluntários que apoia a iniciativa da Cidadania Europeia “STOP Finning – Stop The Trade”, que pretende banir o corte e comércio de barbatanas de tubarões na União Europeia (UE).

Segundo a estudante do 1.º ano da licenciatura de Ciências do Meio Aquático, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, “o objetivo da iniciativa é acabar com o comércio de barbatanas na UE, incluindo a importação, a exportação e o trânsito de barbatanas que não se encontrem naturalmente unidas ao corpo do animal”.

“Os tubarões são um elemento vital nos oceanos, uma vez que, como estão no topo das cadeias alimentares, regulam a vida de todas as redes tróficas, mantendo o equilíbrio em cada um dos seus ecossistemas. O seu desaparecimento levaria o mundo submarino ao caos”, explicou a jovem que, “desde sempre”, alimenta o gosto pelo “oceano e tudo o que ele envolve”, principalmente “os animais e a sua proteção”.

“Como estudante do ensino superior e com interesse em ajudar a espalhar a iniciativa e a proteger os tubarões, decidi assistir a uma reunião (da Stop Shark Finning) e colocar mãos ao trabalho”, salienta.

Uma das maiores dificuldades em compreender a importância dos tubarões na regulação dos ecossistemas é o facto de, desde tenra idade, associarem o animal ao perigo. “Desde pequenos que nos ensinam a ter medo dos tubarões, em vez de nos alertarem sobre a importância que eles têm para o nosso futuro e para o futuro do planeta. Essa condição de seres temíveis legitima, há décadas, o desinteresse pela sua proteção”, refere Rita Gomes, que acena com a necessidade de “medidas urgentes para impedir o desaparecimento” destas espécies.

Olhando especificamente para o caso da União Europeia, detalhou a jovem, “a remoção de barbatanas a bordo do navio já não é legal, sendo obrigatório o desembarque do tubarão com as barbatanas unidas ao corpo, mas, posteriormente, são retiradas, fazendo com que a UE seja um dos maiores exportadores e uma importante plataforma de trânsito para o comércio mundial”.

Para lutar contra este tipo de comércio no território comunitário, a STOP Finning – Stop The Trade lançou uma iniciativa, que precisa de, pelo menos, um milhão de assinaturas, até janeiro de 2022, para chegar ao Parlamento Europeu.

No que diz respeito à evolução das assinaturas, adiantou Rita Gomes, “atualmente, Portugal atingiu o limite mínimo de assinaturas”, mas, a nível europeu, são ainda poucas as subscrições: “196.658” Apesar da evolução estar a ser significativamente positiva, sobretudo a nível nacional, “o objetivo não é ficar pelo mínimo e sim conseguir o máximo de assinaturas possíveis até ao final de janeiro de 2022 e mostrar que a população se interessa e está preocupada com este assunto”, acrescentou a jovem.

Para assinar a iniciativa, os interessados poderão aceder ao link https://eci.ec.europa.eu/012/public/ ou procurá-lo nas páginas de Instagram ou Facebook do STOP Shark Finning EU – Portugal.

“Qualquer pessoa se pode juntar à Stop Shark Finning -Portugal, o que aconselhamos é as pessoas juntarem-se ao grupo de Facebook e estarem atentas às publicações”. Atualmente existe uma rede universitária, com o objetivo de chegar aos 400 mil estudantes do ensino superior, que se juntou para ajudar a divulgar a iniciativa e “sensibilizar a população de um modo transversal”.

Joana Couto

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