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V.N. de Famalicão

Governo analisa “dossiê” da variante à EN 14

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Como está o projeto para construir uma alternativa à Estrada Nacional 14 e que fez Pedro Passos Coelho, em janeiro de 2015, visitar Famalicão, Trofa e Maia a anunciar uma solução “low cost” para o congestionamento rodoviário?

A 26 de junho de 2015, já em ritmo de campanha eleitoral, o então candidato socialista ao Governo, António Costa, visitava a empresa Continental, de Lousado, Vila Nova de Famalicão, cuja atividade contribui, e muito, para o elevado tráfego de camiões na Estrada Nacional (EN) 14. Após a visita, António Costa, quando questionado pelo Jornal do Ave, reconheceu que a variante era “urgente” e sublinhava que, se fosse eleito primeiro-ministro e se o projeto “low cost”, anunciado meses antes por Pedro Passos Coelho, estivesse “em condições de ser executado”, iria colocá-lo no terreno “com todo o gosto”. Agora como governante, pouco se sabe sobre a continuidade do projeto. O JA tentou obter esclarecimentos do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas sobre o que esperar da solução ao congestionamento da EN 14, mas não obteve resposta. Reação só mesmo a que deu ao JN: “O Governo está a analisar esse dossiê no quadro das condicionantes económico-financeiras que são conhecidas e tendo em conta que o atual ciclo de fundos estruturais europeus não contempla o investimento em infraestruturas rodoviárias”. Já na altura da visita de António Costa à Continental, o agora primeiro-ministro colocava como condição para a concretização do projeto “o financiamento assegurado nos instrumentos de programação”. Ora, a construção da variante pode estar refém da garantia de fundos comunitários. Este projeto “low cost”, apresentado pelo anterior primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, com pompa e circunstância em visitas a Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia, estava orçado em “36 milhões de euros” e substituiria a variante projetada há quase 20 anos e avaliada “em 190 milhões”. O novo traçado seria construído “em via simples com rotundas em vez de nós desnivelados” e beneficiando o “interface rodoferroviário”, com “articulação com a rede de autoestradas”, explicou, na altura, o presidente das Infraestruturas de Portugal (antiga Estradas de Portugal), António Ramalho. A ligação entre Vila Nova de Famalicão e a Trofa far-se-ia através de uma via intermunicipal, que começava numa nova rotunda na atual Estrada Nacional 14, em Ferreiros, junto à chamada “curva da morte”, em Ribeirão. A nova estrada passaria junto à Continental, em Lousado, e, através de uma ponte, atravessava o rio perto da antiga fábrica da Mabor. Já no território da Trofa, a nova estrada passaria nas traseiras do Hospital Privado, atravessando a linha de comboio desativada, até à rotunda da EB 2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. Aí o trânsito poderia fluir para a Estrada Nacional 104 (Trofa-Santo Tirso) ou prosseguir pela Rua Cesário Verde (atualmente denominada Avenida 19 de Novembro), junto à nova estação de comboios. No final dessa via, e já em terreno de Valdeirigo, seria construído o novo traçado que ligará a Trofa à Maia, seguindo o projeto que estava definido no antigo projeto delineado para a variante. A nova via faria ligação à zona da Transmaia, em S. Mamede do Coronado, através de uma rotunda e prosseguiria até um novo nó construído perto do Jumbo da Maia. Pelos timings avançados pelo anterior Governo, a obra deveria ter começado no terceiro trimestre de 2015, que não veio a acontecer. Entretanto, a autarquia de Famalicão tem sido a que mais tem reivindicado a execução do projeto, tendo inclusive assinado um protocolo com várias empresas em que estas se comprometeram a investir e a criar postos de emprego, como “trunfo” a utilizar para a obtenção de fundos comunitários, a alocar em ligações entre as zonas industriais à nova variante.

Deputados do PS quer variante com ligação direta à A3

Em visita ao concelho de Santo Tirso, e depois de uma reunião com o executivo camarário local, em março deste ano, deputados do Partido Socialista eleitos pelo círculo do Porto defenderam que a variante à EN14 deve contemplar um troço que ligue diretamente a Maia ao nó da A3, para que o trânsito não flua, na totalidade, na nova centralidade da Trofa, junto à estação de comboios. “Não queremos que o trânsito seja exclusivamente despejado no centro da Trofa, mas que sirva toda a região onde se incluem Trofa, Santo Tirso e Famalicão. A saída na Avenida 19 de Novembro mantém-se, mas tem que haver outra junto à A3. É uma reivindicação que vamos fazer ao Ministério das Infraestruturas”, disse ao NT a deputada trofense Joana Lima.

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