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EXPOSIÇÃO DE JIM COGSWELL DESAFIA A NOVAS LEITURAS SOBRE A HISTÓRIA DE SANTO TIRSO

O Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) de Santo Tirso inaugura na próxima sexta-feira, 21 de outubro, pelas 19h30, a exposição “Mãos, redes e outros dispositivos”, do artista norte-americano Jim Cogswell. Um desafio a novas leituras sobre a história de Santo Tirso e de Portugal.

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O Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) de Santo Tirso inaugura na próxima sexta-feira, 21 de outubro, pelas 19h30, a exposição “Mãos, redes e outros dispositivos”, do artista norte-americano Jim Cogswell. Um desafio a novas leituras sobre a história de Santo Tirso e de Portugal. 

A exposição, que se apropria das narrativas das coleções municipais para desafiar as novas leituras da história local e nacional, recorre a instalações de vinil e multimédia, e pode ser visitada até ao dia 29 de janeiro de 2023. 

“É um ato de hibridização”, conta o também professor da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos da América. “Pegar numa coisa de um lado e noutra de outro e juntá-las – essa é a natureza do novo conhecimento, que vem da ligação entre o inesperado e o não relacionado para descobrir que, na verdade, estão relacionados e que quando se juntam criam um novo significado – neste caso, um novo objeto.” 

Partindo da arquitetura dos edifícios onde estão o Museu Municipal Abade Pedrosa e o MIEC, Cogswell procura “um trabalho de ficção baseado na atenção escrupulosa da evidência” dos objetos que fazem parte da coleção, mas também da própria logística dos espaços. “Altero as suas narrativas através da sua recontextualização, moldando as suas imagens a novos materiais, a novas condicionantes. Ao fazê-lo, insinuo a natureza fragmentária da memória histórica e a imaginação através da qual a narramos para nós mesmos”. 

“Jim Cogswell põe-nos em confronto com aquilo que achávamos serem as nossas certezas sobre as coisas que vemos. Faz-nos olhar de outra forma para aquilo que sempre esteve à nossa frente e pensar numa outra maneira de contar histórias sobre quem fomos, quem somos e, sobre tudo, quem queremos ser”, conta o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. 

A exposição inclui uma projeção multimédia de grandes dimensões e inúmeras intervenções nos vários espaços do museu, “que jogam com a arquitetura ou nos submergem, literalmente, no universo”, acrescenta o autarca sobre uma exposição que traz a Santo Tirso referências de vários lugares do mundo, mas também da própria cidade “há inspiração nalgumas esculturas exteriores do MIEC, que reconhecemos ali dentro com nova roupagem”. 

Afinal, tudo isto é uma reflexão sobre a pertinência destes espaços: “uma instituição como um museu, que permite que pessoas vivas comentem sobre si mesma, está a abrir-se a uma espécie de flexibilidade, que é uma forma de autoconhecimento”, explica Jim Cogswell. “Isso é algo que admiro no diretor deste museu, Álvaro Moreira, que ele esteja a permitir esta espécie de autorreflexão sobre aquilo que é um museu, o que é este espaço, o que estamos aqui a fazer”. 

“Quero que qualquer pessoa que encontre isto seja curiosa, talvez surpreendida”, diz o artista. “Gostava de que sentissem prazer na cor, gostaria de os ver questionar o que é isto e porque está aqui.” 

Nascido no Japão de pais norte-americanos, Jim Cogswell já expôs internacionalmente e tem obras suas nas coleções da Universidade de Yale, Yasuda Life Company de Nova Iorque, Mbank de Houston, Barnett Banks da Florida, Museu de Albuquerque, cidade de Tallahassee, Tamarind Institute, Wahstenaw Community College, Valencia Community College, Florida State University e da Universidade do Michigan. 

Jim Cosgwell é professor na Stamps School of Art & Design da Universidade do Michigan. Como pintor com formação em Literatura, sente-se atraído por projetos interdisciplinares e tem colaborado em performances, vídeos e instalações com poetas, bailarinos, músicos, compositores, cosmólogos, astrónomos, um bioestatístico, um engenheiro de computação e um engenheiro mecânico. A interseção da arte, arqueologia e arquitetura tornou-se cada vez mais central na sua prática criativa recente. 

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