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V.N. de Famalicão

Eurobairro combate exclusão e insucesso escolar

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Combater a exclusão e o insucesso escolar dos jovens famalicenses que vivem em habitações sociais é o objetivo do Eurobairro.

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Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Plataforma de Animadores Socioeducativos e Culturais (PASEC) apresentaram, no dia 12 de maio, no complexo habitacional das Lameiras, o projeto Eurobairro, integrado no Programa Escolhas do Governo de Portugal e apoiado pelo Programa Erasmus + da União Europeia, que visa combater a exclusão, o insucesso escolar e a marginalidade dos jovens que vivem em complexos de habitação social.
O Eurobairro envolve, segundo Abraão Costa, da PASEC, três dimensões: “Combate aos altos índices de insucesso e abandono escolar das populações juvenis em maior risco de exclusão (nomeadamente minorias e etnias); a inclusão digital; inclusão a partir de processos de cidadania europeia e de promoção de educação intercultural e ambiental”.
No concelho famalicense os territórios mais sensíveis do ponto de vista social são: Meães, Bétulas, Cal e Lameiras. É nestes locais que o projeto vai ser executado e envolve quase 300 jovens, dos seis aos 30 anos, e, indiretamente, abrange as famílias. Os jovens vão ser acompanhados por “criminólogos, técnicos de apoio psicossocial, animadores socioculturais, técnicos superiores de educação e monitores de inclusão digital”, que formam “uma equipa de cinco pessoas a tempo inteiro, e os parceiros do consórcio vão disponibilizar mais uma dezena de técnicos das escolas”, esclareceu Abraão Costa. As atividades são variadas e cada jovem inscreve-se nas que quiser. De acordo com o membro da PASEC, “há uma rede de mentoria no âmbito da inclusão e sucesso educativo, que envolve tudo o que sejam expressões que levam à capacitação e inclusão, como teatro, dança e expressão corporal”. Os “caçadores de bons exemplos”, o “laboratório de cidadania”, o “laboratório de ação democrática” são  exemplos de “espaços de reflexão e discussão”. Além disso, há ainda uma vertente desportiva que envolve “uma vintena de atividades”, entre elas, “o futebol e o voleibol de rua e desportos de natureza como a pesca”.
O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, afirmou que o projeto pretende “criar condições para que os cidadãos tenham apoios e ferramentas que os ajudem num processo bem sucedido de inclusão social”. “Nós queremos acabar com a marginalização social e colocar no centro da comunidade todas as pessoas para que elas possam ser bem-sucedidas do ponto de vista pessoal, profissional e educacional”, acrescentou o presidente famalicense. O Eurobairro engloba “um financiamento de 200 mil euros para três anos”, avançou Abraão Costa. Um valor que, segundo o membro da PASEC, vai sobretudo para “financiar ordenados”.
O projeto Eurobairro está integrado no Programa Escolhas e para a coordenadora da zona norte/centro e ilhas do Programa, Glória Carvalhais, “correspondeu ao perfil e aos critérios que estão definidos no programa Escolhas”. A coordenadora considerou ainda que este projeto é “um consórcio consolidado, com a presença de instituições de carácter público, nomeadamente a Câmara Municipal, a CPCJ, juntas de freguesia e um conjunto de associações locais mas que fazem todo o sentido nestas iniciativas, um conjunto de atividades interessantes e expectantes e uma população muito específica. Juntaram-se os ingredientes para um bom projeto”.
“Até 2018 está garantida a intervenção”, mas “o consórcio e o município já pensam além disso”, uma vez que “já há programas que estão no terreno, que são públicos e estão mais ligados à educação, juventude e ação social. Isto é apenas mais uma ferramenta”, constatou Abraão Costa. Para Paulo Cunha, “este é um projeto de médio prazo”. “Sabemos que muito do que está a acontecer hoje, do ponto de vista social, é consequência de várias gerações de desinteresse perante situações mais marginais e o resultado negativo acontece no presente, assim como o resultado positivo há de acontecer no futuro pelo bom trabalho que fizermos no presente”, assegurou.

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