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V.N. de Famalicão

Empresários interessados na Ricon

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O anúncio foi feito por Paulo Cunha, edil famalicense, depois da reunião de Câmara do dia 8 de fevereiro. Mesmo sem desvendar a identidade, o autarca afirmou que tem conhecimento do interesse de dois empresários famalicenses em adquirir o grupo Ricon, não havendo, ainda, nenhum ato negocial. 

“Houve duas abordagens no sentido da aquisição dos universos empresariais e são empresas do concelho de Vila Nova de Famalicão”, anunciou Paulo Cunha, adiantando que “não há nenhum ato concreto negocial já em curso, mas existe essa vontade que, já por si, é meritória”.
E se para uns a bolsa de emprego anunciada pelo Município pode interferir e até dificultar este processo, para outros nada é impeditivo de que se encontrem outras soluções.
A maioria PSD/CDS-PP e o PS não partilham opinião sobre a bolsa de emprego, com mais de 400 vagas em cerca de 30 empresas, que o Município apresentou como solução para os cerca de 400 trabalhadores que a insolvência do grupo Ricon empurrou para o desemprego.
Para o socialista Nuno Sá, “estas ofertas de emprego, que, de forma atabalhoada, sensacionalista e pouco séria”, a Câmara anunciou à imprensa, “a mais de 50 quilómetros de distância da Ricon, na área das carnes ou do setor automóvel, dão um sinal a potenciais investidores, que quisessem manter a Ricon com as suas fábricas, máquinas e trabalhadores, de que tudo aquilo vai ser destruído”.
Já Paulo Cunha diz que a “Câmara Municipal está a fazer aquilo que pode e deve fazer para ajudar a comunidade, ao criar soluções que podem ou não ser utilizadas pelas pessoas que estão em situação de desemprego”.
O autarca revelou ter-se reunido com o administrador de insolvência com o intuito de “procurar criar condições para que aquele universo, que é resultante do edifício, maquinaria e também da força dos recursos humanos, se mantenha coeso para que no futuro seja possível reerguer um projeto empresarial naquele local”. E, recordou Paulo Cunha, a bolsa de emprego em nada interfere com este projeto, uma vez que, mesmo que as pessoas encontrem uma nova solução, poderão a todo o tempo voltar ao seu anterior emprego, como aconteceu já com outras empresas do concelho, como é o caso da Filobranca.
“A nós compete-nos arranjar estas soluções, às pessoas compete escolher se querem estar à espera de uma hipótese ou se querem desde já encontrar uma saída profissional. O facto de as pessoas terem várias hipóteses de escolha não é negativo é positivo”, frisou.
O presidente da Câmara afirmou ainda que não quer “que uma crise de desemprego se transforme numa catástrofe social”, uma vez que dentro de três anos, “quando acabar o fundo de desemprego, mais do que um problema de desemprego haverá um problema social”. “Só queremos melhorar a condição das pessoas, não queremos comprometê-las a nada, nem obrigá-las ao que quer que seja”, finalizou.
Foi aprovado, na reunião de Câmara, por unanimidade, um voto de solidariedade para com os trabalhadores da Ricon e ainda uma recomendação ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para a “urgência na cobertura deste processo com o objetivo de assegurar todos os direitos aos trabalhadores despedidos”.

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