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V.N. de Famalicão

Em Transição para um Famalicão mais verde

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Nascida de um grupo de famalicenses, a Associação Famalicão em Transição, já conta com dez anos história. Em 2010, um grupo de cidadãos de Vila Nova de Famalicão promoveu uma ação relacionada com o projeto “Limpar Portugal” e desde então tem desenvolvido inúmeras atividades e eventos. Em 2016, o grupo formalizou-se como associação e atualmente conta agora com 80 associados.

O nome, “Associação Famalicão em Transição”, foi inspirado num movimento criado em 2006, em Inglaterra, o “Transition Network”, e a missão passa por “realizar uma transição” na cidade, “em colaboração com outras forças vivas e as autoridades locais”, rumo à “consciencialização das consequências da crise energética, da mudança climática e da crise ecológica em geral”. Para este fim, a coletividade usa como meios a “implementação de soluções concretas que visem a redução das emissões de CO2 e do consumo de energia fóssil por meio da relocalização das atividades e do fortalecimento dos vínculos sociais entre os habitantes e entre os atores económicos”.

“Os princípios que sub-jazem as suas ações têm, portanto, como propósito repensar o futuro, de refletir sobre as noções de riqueza/felicidade/prosperidade e uma nova visão das práticas, que vão no sentido de uma maior autossuficiência e da descoberta de soluções convenientes, em função dos seus recursos”, explicou Catarina Amaro de Oliveira, assessora de comunicação e elemento da associação.

Face às movimentações recentes – de dimensão global – para uma ação humana imediata que mitigue os efeitos, considerados já inevitáveis, das alterações climáticas, a associação ambientalista aproveitou para apostar numa nova estratégia de comunicação, que incluiu a apresentação de uma nova imagem e slogan este ano. “O caminho para um lugar com futuro” é a frase que – até combinando involuntariamente com o slogan do município famalicense “O seu lugar” – servirá para inspirar a comunidade a agir pela sustentabilidade ambiental e economia circular.

Paralelamente ao lançamento da nova estratégia de comunicação, a associação viu entrar em funções os novos órgãos sociais, que têm como presidente da direção Manuela Araújo, acompanhada por Débora Moura (secretária) e Alexandra Marques (tesoureira). A mesa da assembleia é presidida por Mariana Marques e o conselho fiscal por Joaquim Sampaio.

Casa arrumada, é hora de passar à ação. E o plano da Famalicão em Transição é sustentado por cinco pilares. O primeiro, quiçá o mais importante, é a educação. Catarina Amaro de Oliveira sublinha que “é fundamental passar a mensagem a todas as idades e também aos educadores, pais e outros agentes educativos, formais ou informais”, por isso dinamiza ações mais ou menos intimistas, como conferências e sessões de cinema “Ambientar-se” em espaços escolares, com o apoio da Câmara Municipal local, tertúlias e parcerias, como é o caso do projeto “Aldeia Circular”, com o Jardim de Infância e a Junta de Freguesia de Seide.

Neste campo da sensibilização, diz Catarina Amaro de Oliveira, ainda há muito trabalho a fazer. “Não temos informação concreta, pois não fizemos nenhuma sondagem, mas julgamos que a sensibilização é muito pouca. Famalicão está muito focado na economia e sente-se que a questão da emergência climática não chegou aos famalicenses. Em 2019, foram dinamizadas, em parceria com outras associações de ambiente e o Município, sessões ‘Ambientar-se’ em escolas, por casualidade nos dias de Greve Climática Estudantil de 15 de março e 24 de maio, e verificamos o quase alheamento total dos jovens desta questão – o que reflete o alheamento das famílias”, referiu.

A economia circular é outro dos vértices da ação desta associação ambientalista, que pretende promover a reciclagem e diminuir o consumo. A propósito, têm sido levadas a cabo iniciativas como a Troca de Sementes e mercados de trocas, com produtos usados ou sustentáveis.

Troca de Sementes e Mercadinho de Primavera

A Associação vai promover a nona edição da Troca de Sementes, que acontece no dia 7 de março, no Centro de Camionagem de Famalicão. O objetivo é “promover a nossa soberania alimentar, preservar a biodiversidade e evitar a extinção de variedades tradicionais”. No mesmo dia, realiza-se o Mercadinho da Primavera que dá a conhecer práticas sustentáveis para um consumo moderado, através da venda de artigos sustentáveis, stock off, upcycling e em segunda mão; alimentação biológica, vegan e/ou a granel, bem como serviços de terapias, que promovam o consumo sustentável e a economia circular. Paralelamente, decorrem atividades paralelas, como o workshop com a madrinha do evento, Alexandra Arnóbio, do projeto “Era Uma Vez Upcycling Project”.
A 14 de março, às 10 horas, o espaço dos serviços educativos do Parque da Devesa é palco da tertúlia “Comunidades de Aprendizagem”, que terá como oradora Ivone Apolinário.
Já o 3.º Encontro “Convergência Ambiental” está previsto acontecer a 10 e 11 de outubro, no Marco de Canaveses.

Em fase inicial encontra-se o grupo comunitário “Eco-Trocas Famalicão”, que existe na rede social Facebook, através do qual os participantes podem fazer doações ou permutas. O objetivo é “facilitar a troca e reutilização” e, assim, “contribuir para o aproveitamento de recursos já existentes e evitar o desperdício”, explicou Catarina Amaro de Oliveira.

A “transição interior” é outra das ações para incentivar a população a aderir a um mundo mais sustentável e para isso a associação está a organizar o evento “Despertar para a Transição”, previsto para dia 16 de maio, que se definirá como um “encontro ou retiro” com atividades que conectem pessoas à Natureza.
Para a “preservação do ambiente” – o quarto pilar da associação – são realizados eventos ligados à Natureza, como a plantação de árvores e a limpeza das margens dos rios, numa ação consertada com “movimentos, manifestações ou entidades”, como aconteceu com a Greve Climática Estudantil, a campanha por uma agricultura sem glifosato ou herbicidas ou encontros de associações de ambiente.

Por último, mas também “fundamental”, a comunicação assume-se pedra basilar na ação da Famalicão em Trasição, já que é através dela que é possível despertar (ou mudar) mentalidades. Neste capítulo, diz Catarina Amaro de Oliveira, nota-se um acréscimo do interesse, como se comprova o aumento de sócios – atualmente 80 – e de participantes nas diferentes atividades, graças a “uma massa crítica de sócios ativos que têm conseguido dinamizar e polarizar atenções”.
De forma a amplificar o alcance da mensagem, a associação ambientalista mantém-se ativa nos canais online, como as redes sociais, o blogue (famalicãomelhor.blogspot.com) ou a newsletter, que envia, periodicamente aos subscritores.

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Maternidade de Famalicão vai ter bloco de partos requalificado

A candidatura do CHMA foi apresentada em parceria com os Municípios de Famalicão, Trofa e Santo Tirso, com o valor global de 283.887,37€, e mereceu um financiamento de 251.426,17€. Os restantes 32.461,20€ serão assegurados pelos três Municípios, o que revela, de acordo com o comunicado da DE-SNS de apresentação dos resultados do Programa, “a relevância desta área para a sociedade civil”.

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O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) acaba de ver aprovada pela Direção Executiva do SNS (DE-SNS) a sua candidatura à requalificação do Bloco de Partos.

O “Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Parto do Serviço Nacional de Saúde”, publicado através do Despacho n.º 557/2023, de 11 de janeiro, consagra que a qualificação dos blocos de parto das unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é uma medida estruturante na criação de condições de qualidade e segurança para grávidas, recém-nascidos e profissionais de saúde, contribuindo para a humanização dos cuidados prestados. 

O Programa de Incentivo valorizava as candidaturas de acordo com os seguintes critérios: a) Cumprimento dos requisitos técnicos definidos pela Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.); b) Coerência entre o diagnóstico de necessidades, a intervenção proposta e os resultados esperados em termos de resposta aos desafios de acesso, qualidade, segurança e humanização dos cuidados pré e pós-natais e dos partos; c) Adequação do cronograma e do plano orçamental; d) Capacidade de obter apoios financeiros externos ao Ministério da Saúde; e) Valorização estratégica da proposta, em função do impacto no SNS.  


A candidatura do CHMA foi apresentada em parceria com os Municípios de Famalicão, Trofa e Santo Tirso, com o valor global de 283.887,37€, e mereceu um financiamento de 251.426,17€. Os restantes 32.461,20€ serão assegurados pelos três Municípios, o que revela, de acordo com o comunicado da DE-SNS de apresentação dos resultados do Programa, “a relevância desta área para a sociedade civil”.

A candidatura do CHMA procurava, principalmente, obter financiamento para a renovação completa dos seus equipamentos – recorde-se que o Bloco de Partos foi recentemente objeto de obras de beneficiação, orientados para a humanização dos cuidados e conforto da grávida e acompanhante.

O financiamento aprovado permitirá instalar os mais modernos sistemas de monitorização do parto, unidades de reanimação e outros equipamentos de última geração, bem como mobiliário diverso, incluindo novas camas de parto. Inclui também uma pequena obra de ampliação do bloco de partos, que permitirá criar mais uma sala, melhorando a capacidade de resposta do Serviço. A realização destes investimentos, que têm de estar concluídos até ao final deste ano, permitirá reforçar a comodidade e sobretudo a segurança de todo o trabalho de parto, das grávidas e recém-nascidos.

O CHMA não pode deixar de congratular-se com a aprovação desta candidatura e não pode deixar de manifestar o seu agradecimento aos três Municípios envolvidos, que, desde a primeira hora, se associaram ao projeto com entusiasmo e com importante compromisso financeiro.

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V.N. de Famalicão

Parque da Devesa vai transformar-se na ‘Cidade Orizuro’

A instalação ‘Cidade Orizuro’ é construída a partir de memórias sonoras e imagéticas, que servirão como ponto de partida para a reflexão e participação: uma cidade verde, colorida e feliz, onde todos os desejos podem ganhar asas.

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O Parque da Devesa vai transformar-se na ‘Cidade Orizuro’. A passagem do Gamelão de Porcelana e Cristal, a criação da instalação  Metamorfose  e os workshops Murmúrio das Árvores são alguns dos exemplos de projetos artísticos e sensibilização ambiental que a Companhia de Música Teatral (CMT) tem desenvolvido em parceria com o Parque da Devesa, e que estarão patentes no parque da cidade de 21 de março a 1 de outubro.

Promovida pelo Município de Vila Nova de Famalicão em parceria com a CMT, a ‘Cidade Orizuro’ vai ser inaugurada amanhã, 21 de março, pelas 16h30. A abertura será assinalada pela performance ‘Saudação da Primavera’ e pela estreia do documentário ‘Jardim Orizuro’ de Luís Magalhau, na Casa do Território, um documentário que reflete alguns dos aspetos do trabalho realizado em serviços municipais, no Jardim de Infância de Seide, no Centro Social da Paróquia de Castelões e no Centro Social Paroquial de Requião, ao longo de 2022, no âmbito de um projeto apoiado pelo Fundo de Fomento Cultural, Programa Garantir Cultura do Ministério da Cultura.

A instalação ‘Cidade Orizuro’ é construída a partir de memórias sonoras e imagéticas, que servirão como ponto de partida para a reflexão e participação: uma cidade verde, colorida e feliz, onde todos os desejos podem ganhar asas.

Durante o período em que ficará patente, a instalação terá uma programação paralela, promovida pelo Parque da Devesa, construída a pensar em públicos de todas as idades, que inclui, visitas guiadas, oficinas, conversas, visitas ao território, entre outros. A primeira atividade acontece já no próximo dia 30 de abril, no âmbito do ‘Devesa em Família’ e tem o nome de ‘Esticar os sentidos’. A atividade é dirigida a famílias com crianças e tem inscrição gratuita, obrigatória.

Refira-se que a Companhia de Música Teatral (CMT) é uma cooperativa instalada em Vila Nova de Famalicão que conta com um historial de quase 25 anos de atividade regular, com foco na criação artística.  Colabora regularmente com municípios e universidades, com destaque para o Município de Vila Nova de Famalicão pela estabilidade oferecida à CMT ao longo do seu historial. A Casa das Artes tem sido berço de grande parte das suas criações e o Parque da Devesa tem sido um aliado especial nas experiências que cruzam arte e ambiente.

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