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EatTasty distribuiu comida caseira em Lisboa (c/vídeo)

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Comida caseira e pronta a comer, idealizada por um chef e confecionada por cozinheiros amadores da cidade de Lisboa. Este é o modelo de negócio da EatTasty, uma start up portuguesa de produção descentralizada e entrega de comida caseira, com sede em Vila Nova de Famalicão, na Incubadora de Empresas Famalicão Made IN, em Pousada de Saramagos.

Tudo começou em meados de 2015, quando o famalicense Rui Costa e o seu colega Orlando Lopes tiveram a ideia de “criar uma comunidade de refeições caseiras”. Procuraram mentores e investidores que dessem corpo ao projeto, tendo, em dezembro, conseguido fechar contrato com seis pequenos investidores. Mais tarde, em junho de 2016, vieram os tubarões: a Caixa Capital, através do programa Lisbon Challenge, e a Sonae. No total, o total do investimento da EatTasty é de “375 mil euros”.
A operar exclusivamente em Lisboa, a EatTasty conta com um conjunto de rotas percorridas diariamente à mesma hora, por um conjunto de estafetas, e uma plataforma de interação simples e eficaz para as encomendas. Rui Costa, sócio fundador da EatTasty, adiantou que, neste momento, “o foco principal é Lisboa e zonas limítrofes da cidade, nomeadamente Oeiras”, prevendo que, “até ao final do ano”, podem “ir para novas cidades, muito provavelmente em Portugal. Há ainda “a possibilidade” de que haja “uma expansão em outro país, nomeadamente Espanha”, em “finais de 2018 e inícios de 2019”.
Quando questionado do porquê de a sede da empresa ser em Vila Nova de Famalicão, quando opera exclusivamente em Lisboa, o famalicense Rui Costa explicou que a “localização” da empresa “não tem grande impacto”, porque o seu negócio “desenvolve-se diretamente online”. “A empresa foi sediada em Famalicão porque sou residente e famalicense e, como tal, pareceu-nos obvio que seria a sede da empresa e não fazemos questão de mudar, apesar de alguns dos nossos investidores e potenciais investidores já referiram várias vezes a possibilidade de mudarmos para Inglaterra ou para Alemanha”, completou.
Inicialmente, os sócios fundadores decidiram apostar em Lisboa devido à “densidade populacional e dimensão no mercado”, sendo esta “uma forma de mitigar o risco de insucesso do projeto”, pois “existe um comportamento de compra também do lado do consumidor neste tipo de soluções” que está “na palma das mãos”.
Ao cliente são oferecidas três opções de menu (carne, peixe ou vegetariano) pelo valor fixo de 5,90 euros, que incluem o transporte e os talheres. As refeições são já entregues em mais de 100 empresas e escritórios lisboetas, diariamente, à hora de almoço. “Todas as receitas têm um toque especial e assinatura EatTasty”, como o “arroz de pato com couve”, “moqueca de peixe e camarão” e outros pratos de “inspiração mundial”.
Desde a sua criação, a empresa já “produziu mais de 40 mil refeições, das quais 25 por cento este ano”. Em 2017, o melhor cliente encomendou “200 vezes em 231 dias úteis, sendo que 30 por cento dos clientes continua a comprar ao fim de 12 meses”. Nos dois primeiros meses deste ano já produziu “o equivalente a 50 por cento da produção total de 2017 e, para este mês de abril, está previsto um crescimento de 400 por cento nas encomendas face a março do ano passado.
O sucesso da EatTasty despertou a atenção do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, que, a 13 de abril, realizou um Roteiro pela Inovação dedicado à startup. Para Paulo Cunha, a EatTasty é sinónimo de “projeto deslumbrante, repleto de sinais de excelência e de um empreendedorismo muito vincado, conseguindo fazer algo pouco comum: associar a dimensão global à dimensão local”. “Famalicão fica na génese deste projeto e fica associado, estou certo, ao sucesso de uma empresa que terá dimensão mundial. O que desejamos é que no futuro esta empresa esteja no mundo inteiro, mas que continue sediada em Famalicão”, completou.

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