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V.N. de Famalicão

Cotonetes portugueses são produzidos em Famalicão

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Chama-se Hidrofer, está sediada em Vila Nova de Famalicão e é a única fábrica portuguesa de cotonetes com um impressionante registo de 12.500 unidades produzidas por minuto. De facto, são os números que melhor traduzem o sucesso desta empresa familiar fundada quando a democracia estava a dar os primeiros passos em Portugal e especializada no desenvolvimento e fornecimento de produtos em algodão hidrófilo: 11 mil discos desmaquilhantes por minuto, 5.500toalhitas de bebé por minuto, 5 mil bolas de algodão por minuto e 2 toneladas de algodão zig zag por dia.

Artigos que a esmagadora maioria dos portugueses tem em casa e utiliza regularmente e que respondem a valores bem vincados nesta empresa famalicense hoje visitada por Paulo Cunha no âmbito do roteiro Famalicão Made IN:  inovação, qualidade e sustentabilidade ambiental. Acresce a estes a diferenciação. Só assim pode responder às exigências dos seus clientes, com destaque para as principais cadeias de supermercados (Sonae, Jerónimo Martins e Auchan), preparando-se para lançar ainda este ano uma linha inovadora de produtos que promete surpreender os mercados.

Numa lógica de verticalização da cadeia de produção, tudo é feito na Hidrofer, até mesmo as embalagens, as caixas e os sacos de plástico com fio (é única na Península Ibérica a fazer estes sacos). Ao controlar todo o processo produtivo a empresa sabe que está a construir vantagem competitiva em todo o mundo.

Todos os dias, nas instalações reabilitadas da Hidrofer, na freguesia da Carreira – as mesmas que no passado uma empresa têxtil ocupou e deixou vazias depois de encerrar –, são convertidas entre quatro a seis toneladas de algodão em produtos para uso hospitalar e cosmético. Um volume de produção que tenderá a crescer no próximo ano, reflexo do investimento de 8 milhões de euros, em fase de conclusão, em dezenas de novos equipamentos tecnologicamente avançados. Tudo para “garantir elevados níveis de fabricação, a melhor qualidade e uma resposta eficaz aos desafios do mercado global”, afirma o administrador, Carlos Alberto Silva.

Mais faturação, mais emprego e mais trabalho estão assim no horizonte. Com um volume de negócios que rondou os cinco milhões de euros em 2014, dos quais um milhão de euros corresponde a vendas para o exterior, e 54 colaboradores, a Hidrofer prevê duplicar a faturação nos próximos dois anos e contratar cerca de vinte novos colaboradores. Para além do mercado interno, os principais mercados de exportação são Espanha, Alemanha, Angola e Moçambique. Recentemente entrou em França e ainda este ano espera começar a vender para a Líbia. “Num curto prazo queremos reforçar a nossa presença no estrangeiro e aumentar o volume de exportações em cerca de 15%”, adianta.


Empresa aberta à inovação e preocupada com o ambiente

Proveniente de fiações nacionais ou importado de países como a Turquia, a Alemanha, o Brasil, Moçambique ou o Paquistão, o algodão presente nos produtos da Hidrofer é rececionado pela Hidrocotton, a outra empresa do grupo, sediada na freguesia vizinha de Bairro, que prepara e fia as fibras de algodão que vão servir de matéria-prima para a Hidrofer produzir.

Com três marcas próprias no mercado (Don Cotton, Helana e Milux) e um conjunto de certificações, a Hidrofer é, na opinião do Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, uma referência pela sua capacidade de aproveitar os contextos e as oportunidades para crescer. “É uma empresa única na produção de produtos que nos entram em casa todos os dias, está vanguarda tecnológica e tem uma grande preocupação ambiental”, assinala, sublinhando que o trabalho ímpar que lhe é reconhecido “permite que Vila Nova de Famalicão também seja notado a nível nacional e internacional pela excelência das suas empresas e dos seus produtos”.

Paulo Cunha enaltece ainda o facto de a Hidrofer ter reabilitado um edifício abandonado para iniciar a sua atividade. “É algo que devemos louvar e um exemplo que outras empresas deviam replicar”.

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