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Câmara da Trofa gastou quase 75 mil euros em chamadas telefónicas para programa de TV

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O Bloco de Esquerda (BE) da Trofa acusou hoje o executivo da Camara Municipal da Trofa de ter gasto “quase 75 mil euros” em chamadas telefónicas para promover a tradição associada aos “Santeiros do Coronado” num programa televisivo.

“Centenas de famílias do nosso concelho estão a viver um período de dificuldades sem igual. O BE da Trofa considera este gasto com chamadas telefónicas totalmente desnecessário, mais que uma má despesa, um insulto deste executivo a todos os trofenses”, lê-se num comunicado partilhado pelos bloquistas nas redes sociais.

A concelhia do BE da Trofa descreve que foram gastos “quase 75 mil euros” pelo Município da Trofa “em chamadas telefónicas com vista à promoção da tradição dos “Santeiros do Coronado”, referindo-se ao programa exibido pela RTP com o nome “7 Maravilhas da Cultura Popular”.

Em setembro a tradição ligada aos artesãos de São Mamede do Coronado denominada desde 2013 como União das Freguesias de Coronado ficou em primeiro lugar no referido programa da estação pública de televisão.

Para apurar os finalistas e vencedores, este programa recorre ao sistema de votações através de chamadas telefónicas.

De acordo com o regulamento publicado no portal ‘online’ do programa, as chamadas custam “0,60 euros + IVA”.

“Num concelho onde as carências são mais que muitas e a todos os níveis, as consultas no centro de saúde ocorrem a conta-gotas por falta de recursos físicos e humanos, que o custo da água é o mais elevado do país, o IMI[Imposto Municipal sobre Imóveis] mantém-se na taxa máxima, esta é uma despesa que os trofenses não merecem suportar”, frisa o BE.

No mesmo comunicado, os bloquistas da Trofa salvaguardam compreender “a necessidade de promoção do concelho”, mas acusam o executivo liderado por Sérgio Humberto de fazer “batota”.

“Promoção do concelho: nada contra. Mas esta ‘batota’ (…) em nada dignifica a Trofa e muito menos os Santeiros do Coronado. Este custo do ‘orgulho trofense’ num período de pandemia é demasiado elevado, abjeto e vergonhoso”, lê-se no comunicado que fala acusa ainda o executivo de “desperdício” e de “má gestão da despesa pública”.

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