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V.N. de Famalicão

Autarquia “homenageia” Camilo com tradução de obra para mirandês

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“A Queda dum Anjo” em português, “L Sbarrulho Dun Anjo” em mirandês. A obra de Camilo Castelo Branco faz agora parte do leque de clássicos traduzidos para este idioma falado, essencialmente, nos concelhos de Miranda do Douro e Vimioso. Desse leque fazem também parte “Os Lusíadas”, de Camões, e “Mensagem”, de Fernando Pessoa.
A apresentação desta edição, na Assembleia da República, em Lisboa, no dia 18 de outubro, marcou o encerramento da 3.ª edição dos Encontros Camilianos de S. Miguel de Seide. Segundo fonte da autarquia, “a ideia de traduzir ‘A Queda dum Anjo’, surgiu há já alguns anos por Amadeu Ferreira, autor e tradutor de uma vasta obra em português e em mirandês, aquando de uma visita à Casa de Camilo”.
Os escritores Pedro Mexia e Francisco José Viegas e a presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, Edite Estrela, fizeram parte desta apresentação, onde também marcaram presença diversos deputados, como os famalicenses Jorge Paulo Oliveira e Maria Augusta Santos.
Os 150 anos da publicação desta que é uma das obras-primas de Camilo Castelo Branco serviram de mote para os Encontros Camilianos. O romance consiste numa “parábola humorística”, em que a personagem principal, Calisto Elói, fidalgo austero e conservador natural de Miranda do Douro, encarna de maneira satírica o povo português e, ao ser eleito deputado, vai para Lisboa, onde se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital. E sendo o protagonista de Miranda do Douro, o tradutor da obra para mirandês, Alfredo Cameirão, considera que “Camilo Castelo Branco tinha uma dívida de 150 anos para com a língua”, que, com esta edição, “foi paga e com juros”. “Esta obra representa mais um passo à frente na afirmação da língua mirandesa”, evidenciou.
Por sua vez, o diretor da Casa de Camilo, José Manuel Oliveira, salientou que esta iniciativa “foi uma grande homenagem da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e da Casa de Camilo ao romancista e à sua obra”. “A Câmara de Famalicão e a Casa de Camilo acabam por cumprir assim com dedicação, muito profissionalismo e também com muita emoção, uma das mais extraordinárias obras de Camilo Castelo Branco”, sustentou.

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