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V.N. de Famalicão

Associação cívica propõe-se salvaguardar memória individual e coletiva

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Nasceu em Vila Nova de Famalicão uma nova associação, que se propõe ser “um espaço inclusivo e agregador da sociedade civil em torno da memória”. A Casa da Memória Viva deu ares da sua graça, de modo informal, com a organização da homenagem a Miquelina Peixoto, decana das enfermeiras obstetras do concelho, em setembro de 2018, e apresentou-se como coletividade, a 12 de julho, dois meses após a fundação, encabeçada por sete cidadãos, com “experiência cívica e associativa em diferentes áreas da vida comunitária”.

A Casa da Memória Viva – Associação Cívica Famalicense nasceu oficialmente a 17 de maio com o objetivo, “mesmo com recursos modestos”, de salvaguardar, preservar, divulgar e engrandecer o património cultural imaterial de Vila Nova de Famalicão e as tradições das suas gentes. Para isso, espera contar com a “doação cidadã” de “acervos da memorabilia pessoal, como bibliotecas, gravuras, fotografias, cartas, documentos alusivos a factos históricos, trajes de época, calçado e objetos de adorno pessoal, que possam ter interesse historiográfico ou comercial.

Paralelamente, a Casa da Memória Viva será embaixadora da dignidade e bem-estar das pessoas com perdas de memória, tendo como “prioridades” a “realização de ações de informação e sensibilização itinerantes sobre os impactos das doenças neurodegenerativas”, em particular da doença de Alzheimer.

A pensar nisso, está a ser preparada a caminhada solidária “Dê 2 Passos”, que se realiza a 21 de setembro, Dia Mundial da Doença de Alzheimer, e, na mesma ocasião, deverá ser lançada uma campanha de sensibilização sobre os cuidados que requerem as pessoas com doenças neurodegenerativas.

“É tempo de na sociedade famalicense se instalar um ambiente propício à aceitação da demência como doença, contra qualquer forma de estigma ou de exclusão das pessoas afetadas na sua capacidade de interação social”, defende a associação, que espera ainda ir a tempo de se candidatar ao programa de fundos comunitários Portugal Inovação Social, a fim de concretizar a intenção de “criar espaços de fruição e de troca de objetos e bens culturais próprios da memorabilia famalicense”.

Comissão instaladora

Carlos Sousa é o presidente da comissão instaladora da Casa da Memória Viva, composta ainda por Carlos Simões (vice-presidente), António Peixoto (tesoureiro), Conceição Oliveira (secretária), Hélder Soutinho (vogal), João Figueira (vogal) e José Lacerda (vogal).
Este órgão social único funcionará durante os primeiros 180 dias de existência da mesma, dando os primeiros passos para a instalação física da associação e trabalhando para que, aquando das eleições, em dezembro, haja um número suficiente de associados para que se possam apresentar a sufrágio, pelo menos, duas listas. Até 17 de novembro, quem se quiser associar à coletividade, merecerá o estatuto de associado fundador.

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