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Arrancaram as comemorações dos 150 anos do nascimento de Júlio Brandão

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Arrancaram, esta sexta-feira, as comemorações dos 150 anos do nascimento do poeta famalicense Júlio Brandão, com o descerrar uma placa comemorativa na rua de Santo António, precisamente a rua onde o poeta nasceu. De seguida foi depositada uma coroa de flores na glorieta dedicada a Júlio Brandão, na rotunda 1.º de Maio.

As comemorações dedicadas ao poeta, cronista, comentador literário, dramaturgo, professor e jornalista famalicense, que se distinguiu pelo contributo que deu ao panorama literário nacional, prolongam-se até 2020 com um conjunto diversificado de iniciativas culturais.

Esta manhã, Paulo Cunha falou de Júlio Brandão como “uma personalidade que deixou uma marca na história de Famalicão, mas também na cultura nacional”. “Esta homenagem é um contributo do município para perpetuar a memória deste homem entre nós”.

Também o professor Agostinho Fernandes, enquanto presidente da Comissão executiva das comemorações, salientou o “papel importante de Júlio Brandão na cultura nacional”. “Foi um homem das letras excecional no seu tempo, que se destacou com a obra “O Livro de Aglaïs””.

Júlio de Sousa Brandão nasceu a 9 de agosto de 1869, num prédio (já demolido) da rua de Santo António, no coração da cidade famalicense. Em 1874, com 5 anos de idade, Júlio Brandão foi morar para o Porto com a sua família, embora nunca tenha perdido a ligação à sua terra natal. No Porto lecionou na Escola Infante D. Henrique e ocupou o cargo de diretor do Museu Municipal do Porto. Foi sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa, da Academia Nacional das Belas Artes, do Instituto de Coimbra e da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Pertenceu ao grupo dos “Nefelibatas”, tal como Raul Brandão, com quem colaborou noutros projetos literários.

Da sua obra vasta, destaca-se “O Livro de Aglaïs”, uma obra poética que inclui uma carta-prefácio de Guerra Junqueiro. Alguns dos seus escritos encontram-se dispersos por diversas publicações periódicas portuenses e famalicenses, como as prestigiadas revistas “A Águia”, órgão do movimento de ação sociocultural autodenominado Renascença Portuguesa, e “Atlântida”. Dirigiu ainda, em parceria com Álvaro de Castelões, “A Revista Internacional: O Soneto neo-latino”, uma publicação periódica que contou com a colaboração de poetas nacionais e internacionais.

A passagem dos 150 anos sobre a data do nascimento de Júlio Brandão será comemorada pelo município de Vila Nova de Famalicão com um vasto programa evocativo que se concretizará por meio de diversas iniciativas de cariz cultural que pretendem valorizar a memória desta ilustre figura famalicense.

Depois do descerramento da placa evocativa, prevê-se ainda para este ano, a concretização de uma intervenção artística mural na Escola Básica Júlio Brandão e a execução de uma exposição sobre a “Vida e Obra de Júlio Brandão”, que ficará patente na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, assim como, o lançamento de uma edição fac-similada da obra poética “O livro de Aglaïs” da autoria de Júlio Brandão. Para 2020, fica a realização de uma conferência nacional comemorativa e evocativa dos 150 anos do nascimento de Júlio Brandão e o lançamento do catálogo da exposição sobre “Vida e Obra de Júlio Brandão”.

Júlio Brandão faleceu no dia 9 de abril de 1947, na sua casa do Porto, situada na Praça Mouzinho de Albuquerque, nº 121 e foi sepultado em jazigo particular no cemitério de Agramonte, no Porto.

Entre as várias homenagens à memória de Júlio Brandão, promovidas e apoiadas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a título póstumo, destacam-se a atribuição do seu nome a uma escola do centro da cidade, a Escola Básica Júlio Brandão; a homenagem promovida em 1950, pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, com a instalação de uma glorieta em granito e bronze, no Parque 1º de Maio, Vila Nova de Famalicão; as comemorações do centenário do seu nascimento, promovidas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, através do denominado “Ciclo Comemorativo do 1º Centenário do nascimento do Escritor e Poeta Júlio Brandão, em agosto de 1969, entre outras.

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